Carcinoma Epidermóide. Entenda!

Os gatos brancos ou de outras cores com orelhas brancas são os maiores candidatos a terem no decorrer de sua vida pela constante exposição à luz solar a dermatite solar das pontas das orelhas. Da mesma forma essa lesão da pele ocorre com as pessoas que se expõem demais ao sol sem protetor solar.

Essa agressão constante dos raios ultra violeta poderão transformar essa dermatite em uma lesão maligna chamada Carcinoma Epidermóide e daí se espalhar através de lesões à distância chamadas metástases para outras partes do corpo e colocar a vida do animal em risco.

O gato que recebemos já tinha mais de 10 anos de idade e foi cronicamente castigado por raios ultravioleta levando a formar um tumor primeiro na orelha direita a qual já tinha sido amputada mas que teve nova recidiva do processo conforme mostram as fotos do caso e agora quando recebemos este animal a orelha esquerda tinha iniciado uma profusa hemorragia em sua extremidade motivado por um tumor mais agressivo que o primeiro da outra orelha.

Os tumores de pele representam nos gatos 15 a 20% de todos os tumores que afetam esta espécie sendo que o Carcinoma Epidermóide é o 3º tumor de pele mais comum em felinos sendo que a preferência destes tumores é pela pele do focinho, orelhas,pálpebras e lábios.

O tratamento foi recusado pelo proprietário pois uma cirurgia foi feita e como não lhe foi informado que o animal deveria ser retirado do acesso a luz solar e que deveria usar protetor solar sempre que o animal estivesse fora de casa, ele não se dispôs agora com a outra orelha bastante acometida fazer uma nova cirurgia bilateral pois a primeira já estava com outra pré lesão maligna retornando e além disso exames de classificação histológica do tumor deveriam ser realizados para possíveis tratamentos posteriores. Outros exames de laboratório como exames de sangue e ultrassom para melhor avaliação do animal teriam que ser feitos mas ele também se recusou a fazer e optou pela eutanasia.

Gostaríamos então de mostrar através do relato desse caso que as pessoas que tem gatos brancos ou de orelhas brancas estivessem sempre atentos para lesões de vermelhidão na pele dessa região e procurassem utilizar protetor solar nessas áreas ou melhor ainda limitassem o contato desses animais com a luz do sol.

Procure seu veterinário e consulte os seus bichinhos regularmente. Atendemos 24H.
Dr. Dilton Trivelli - CRMV-MG 1544

Telefone: 3532-4684 / 3511-6033 / 99909-6257
Rua do Rosário, n° 1080 - B. Horto - Betim MG

Linha do tempo. Lembranças de 2012, caso grave em um PitBull!

Recebemos no dia 12 de Abril de 2012 um Pit Bull que havia ingerido um osso de cauda bovina o qual ficou retido no seu esôfago e não conseguia mais nenhuma deglutição por obstrução completa. A única medida viável seria a realização de esofagotomia que consiste numa cirurgia de abertura do esôfago no sentido do seu comprimento ou seja fazendo um corte longitudinal na área pressionada pelo osso.

O grande risco dessa cirurgia é a ocorrência de estreitamento (estenose) do órgão após a cirurgia o que levaria a  possibilidade de ter que fazer uma nova cirurgia muita mais complexa pois além de impedir o animal de se alimentar como estava acontecendo não haveria tecido esofágico suficiente para reconstituição da área estenosada que teria de ser retirada. Considerando todos os possíveis riscos do procedimento informamos isso ao proprietário o qual autorizou a cirurgia.

Felizmente 12 dias após o animal retornou para a retirada dos pontos e fomos informados que após a recomendação de ingestão apenas de alimentação líquida como sopas e caldos feitos como ração úmida o animal estava com as funções digestivas normais e com os pontos de pele em condições de serem retirados. Passados 45 dias entramos em contato com o proprietário que nos relatou que o animal já comia ração seca há vários dias sem nenhum problema de deglutição.
 

Nessa imagem, o osso aparece ainda dentro do esôfago, sendo tracionado para fora usando um boticão (instrumento de uso odontológico para retirada de dentes) e quebrado com pinça ortopédica para fragmentação óssea (Pinça Goiva).

Acompanhe todos os momentos do nosso procedimento cirúrgico, que foi um sucesso!

 Abaixo estão as fotos da vértebra retirada e em fragmentos dentro do Esôfago

A convivência humana e a maldade contra os animais

Em 1997 eu estava com quase 20 anos de formado naquela época e achava que já tinha visto muita coisa triste na profissão.  Trabalhei nesta época em uma fazenda de criação de gado leiteiro, búfalos e suínos no município de Braço do Trombudo próximo a cidade de Rio do Sul em Santa Catarina, e tive acesso a uma das maiores barbaridades intencionais que eu vi um ser humano cometer contra um animal.

Fui chamado por um amigo meu agrônomo, para fazer alguma coisa por um cão que estava alguns dias, sofrendo, deitado no fundo escuro de um estábulo de ordenha com queimaduras de 3º grau em ambos os membros posteriores e a cauda, o animal teria ficado com o fogo em sua pele e rolando no chão por cerca de 5 minutos até que seu dono conseguisse entender a distância porque seu cachorro rolava e gritava tanto perto da sua cerca de divisa com seu vizinho. Chegando lá o cheiro de óleo diesel na pele denunciava que alguém tinha expulsado aquele cão e jogado na hora que ele correu óleo diesel na suas costas.

O motivo de tudo era que o cão sentindo o cheiro de churrasco teria invadido a casa de quem teria feito esse absurdo e tentado apanhar algum pedaço de carne, mas não deu certo. Na época o proprietário tinha deixado o cão ficar como estava só colocando água e comida para ele no estábulo onde eu o encontrei 9 dias depois magro e com uma enorme bicheira facilmente adquirida nas condições de curral onde ficou todo esse tempo.

Voltei então até a fazenda onde trabalhava e busquei anestésico, antibiótico, anti inflamatório combinado a analgésico além dos meus materiais cirúrgicos e fiz o serviço de debridamento da pele morta e retirada das larvas que invadiam até a musculatura da coxa do animal.

O proprietário parecia que não sabia o que fazer ou não tinha como pagar para resolver o problema, só esperava que ele morresse, pois não tinha feito nada pelo animal todo esse tempo, ele só me disse que tinha “dó de ver o animal daquele jeito” e nem chegava perto dele pois isso o faria lembrar do vizinho contra o qual ele já tinha tido problemas por ter destruído com fogo uma cerca que ele fez e que estaria errada pela planta original das duas propriedades. Consegui depois que toda a ferida foi debridada e limpa que ele tratasse do seu cão em local mais adequado pois teria chance de salvar o animal.

Cento e trinta dias depois visitei o animal e bati novas fotos, ele tinha engordado bastante mas devido a retração da cicatriz de pele seria necessário uma cirurgia corretiva para fazer o cão apoiar o membro. Quando expliquei a situação ele me ofereceu o cão para que eu o levasse embora para Minas (pois àquela época eu estava retornando para Betim) para trata-lo e ficar com ele. Como eu estava voltando de ônibus e com bastante bagagem não poderia assumir esse translado. Com muito pesar pensei no pior....

E o pior aconteceu. Dias depois já em Betim, perguntei ao meu amigo que havia me levado naquela fazenda onde o cão foi queimado, ele contou que antes que o dono do cão cometesse algum crime contra seu vizinho decidiu atirar nele para não vê-lo mais pulando com uma perna no ar. Ele dizia que o cachorro o fazia lembrar do vizinho e para não atirar no vizinho atirou no cachorro.

Passados hoje 20 anos, pois ano que vem faço 40 anos de profissão, ainda guardo comigo todos os detalhes deste caso muito sofrido que mostra bem a nossa rotina profissional inglória bem como a triste realidade da convivência humana.

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Nutrir não é a mesma coisa que alimentar!

Nos últimos 40 anos o Brasil sofreu muitas transformações no setor de alimentos industrializados destinados aos cães e gatos. Na década de 80 a experiência que tínhamos na nossa rotina clínica no Hospital era um elevado índice de cães vítimas de ascite, conhecida vulgarmente como barriga d’água”. Não foram poucas vezes que retirávamos de 2 até 5 litros ou mais de líquido do abdome de cães que chegavam com dificuldade respiratória aguda devido ao excesso de líquido livre na cavidade abdominal que chegava impedir a expansão normal dos pulmões, e não foi raro encontrar proprietários que durante a consulta diziam que estavam trazendo o animal porque  achavam  que ele deveria ter algum problema no pulmão. A alimentação de muitos cães naquela época era feita com angú (a famosa polenta) misturada com bofe (pulmão bovino) principalmente nos cães grandes de sítios e fazendas. Esse padrão alimentar levava ao longo dos anos a lesões crônicas do fígado como a cirrose hepática que se traduzia no final por uma grave dificuldade circulatória desse órgão levando a derrames da parte líquida do sangue (plasma) para dentro da cavidade abdominal.

Hoje muita coisa mudou, saímos de menos de 10 marcas comerciais de ração de boa qualidade para um número incalculável de marcas e categorias de alimentos comerciais para cães e gatos. Na área de animais silvestres já foram desenvolvidas boas rações para pássaros, répteis, roedores, saguis, tartarugas e peixes.

O que muitos proprietários às vezes não sabem é que no meio de tantas opções, é difícil entender cada categoria de alimento de acordo com seu pet, considerando a fase da vida na qual ele se encontra (filhote, adulto em manutenção, fêmeas em lactação, animais de trabalho, idosos) bem como conhecer a melhor ração para seu animal que sofre de alguma doença já diagnosticada e que mereça uma dieta específica para não agravar o seu quadro clínico.

Rações para animais obesos, cardíacos bem como para aqueles que tem alergia alimentar crônica ou alterações graves dos rins precisam ser indicadas por médico veterinário e estes animais precisam ser acompanhados para saber qual a ração mais recomendada para a fase da doença em que se encontra esse paciente. Um ponto muito delicado e importante que o proprietário de qualquer tipo de animal deve estar ciente é que nesse imenso universo de marcas, categorias e ingredientes que compõem as rações animais existe uma grande diferença entre quem indica para ele uma ração em um balcão de loja e que NUNCA viu ou vai pelo menos ver o seu “pet” como muitos hoje gostam de chamar os animais de companhia  e um médico veterinário que conhece bem o animal pelo fato do mesmo ter passado por consultas e exames periódicos com este profissional. Seria o mesmo que dizer que o frentista do posto onde você abastece seu carro, só porque te vende a gasolina sabe mais sobre o motor do seu carro que o seu mecânico. É bastante comum na rotina do consultório escutarmos dos proprietários de animais informações totalmente equivocadas fornecidas por balconistas, sobre marcas e categorias de rações.  Para simplificar o entendimento todo consumidor de alimentos para animais deve se interar com médicos veterinários que militam na clínica de pequenos animais sobre quais são as marcas mais confiáveis no mercado em termos de rigor científico na produção de suas rações. Em segundo lugar conhecer as categorias das rações de uso geral, que não englobam entretanto as rações específicas para tratamento de doenças. A grosso modo são quatro categorias:

- Rações chamadas pelos próprios vendedores de  “Rações de combate” são as mais baratas e portanto as que menos terão os índices corretos de nutrientes para manter o animal sem nenhuma deficiência nutricional. Quem busca preço sem nenhuma preocupação com qualidade e ganho de saúde de seu animal essas são rações ideais.

- Rações Premium, são as que vem acima das rações comerciais,nestas os ingredientes e os índices de nutrientes buscam um patamar mais elevado que possa suprir de maneira um pouco melhor as necessidades nutricionais diárias doa animais.

- Rações High Premium,são aquelas que algum dos seus componentes seja pela origem da matéria prima ou concentração de proteínas,vitaminas,minerais ou qualquer outro item nutricional estão acima das rações Premium.

- Finalmente a última, e na nossa maneira de ver, a nutrição ideal para um animal de estimação  são as rações Super Premium. O grande diferencial dessas rações é toda a tecnologia embarcada em sua fórmula onde além da idoneidade das matérias primas para sua elaboração se junta uma série de componentes que otimizam a função digestiva, as condições gerais da pele e pelo, com baixo consumo diário medido em gramas por quilo, fazendo com que a ingestão de pequenos volumes de ração tenham aproveitamento de 75 a 80% da massa ingerida o que por sua vez fará um pequena produção diária de fezes, ou seja podemos dizer sem medo de errar que uma boa ração é aquela que o animal come muito pouco e produz também uma baixa quantidade de fezes ou seja 20 a 25% do volume que ele ingeriu e que no caso das rações Super Premium já é naturalmente muito pouco.

Para comprovar essa informação faça se ainda não fez a troca de sua ração por uma Super Premium, começando gradualmente com 75% da ração antiga misturada a 25% de uma Super Premium durante 3 dias, em seguida dar 50% - 50% de cada uma mais 3 dias, na sequência usar 75% da Super Premium 25% da ração antiga mais 3 dias, e finalmente no décimo dia dar 100% da ração que se escolheu como sua ração diária.

Cachorros Desnutridos

Um Doberman com alimentação saudável

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Cão atropelado que teve uma fratura completa do úmero esquerdo.

Recebemos no dia 13 de Agosto um cão sem raça definida recolhido na rua vítima de atropelamento que teve uma fratura completa do úmero esquerdo cuja correção foi realizada 5 dias após com a colocação de pino intra-medular rosqueado. Toda a medicação pré e pós operatória realizada evitou complicações que pudessem interferir no resultado final do procedimento cirúrgico. O PAÇOCA agora passa bem e já conseguiu no dia da retirada dos pontos fazer apoio no solo com o membro operado.

Na ortopedia veterinária utilizamos vários métodos de imobilização óssea visando a estabilidade e consequente calcificação óssea. O pino intra-medular é o método mais executado por ser economicamente mais viável aos nossos clientes só que é preciso avaliar muito bem as condições da fratura pois nem sempre isso é uma regra.

Os cuidados iniciais do paciente recém acidentado são fundamentais para a sua sobrevivência e estabilização precoce das alterações provocadas pelo impacto do veículo com o corpo do animal que nem sempre teve somente uma fratura podendo ter ao mesmo tempo hemorragias internas e alterações neurológicas que podem comprometer futuramente todo o resultado final do tratamento ortopédico.

Uma informação importante para todas as pessoas cujos animais sofreram um acidente por atropelamento é que devem sempre buscar em seguida um estabelecimento veterinário com atendimento 24 horas.

As complicações após o trauma e as complicações pós operatórias sejam elas de cirurgias de tecidos moles ou de cirurgia ortopédica são muito mais frequentes do que muitas pessoas imaginam que possam ser, por isso que se recomenda o internamento e monitorização de animais poli-traumatizados em Clínicas Veterinárias 24 horas e nos Hospitais Veterinários pois as chances de recuperação do paciente são maiores quando o animal é monitorado minuto a minuto e a ocorrência de surpresas desagradáveis inesperadas são bem menores.

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Cuidados com a alimentação de tucanos em cativeiros.

Os tucanos são aves onívoras ou seja se alimentam de grãos, frutas, verduras e proteína animal como ovos, filhotes de outras aves e inclusive insetos.

Essas aves, como várias outras tem sido sistematicamente expulsas de seus ambientes naturais onde se reproduziam e encontravam seus alimentos preferidos.

Hoje com desmatamentos e queimadas constantes em áreas de preservação tendo que se adaptar a vida em cativeiro na mão de pessoas mal informadas ou que buscam informações incompletas em site de animais silvestres sem nenhum embasamento técnico nas áreas de nutrição, etologia (comportamento), reprodução e manejo. Essas pessoas formulam verdadeiros manuais de cuidados básicos que infelizmente são seguidos com melhores intenções por aquelas que encontram essas aves em ruas e praças da cidade, sem condições de voar e necessitando de ajuda.

As intenções são boas mas nem sempre essas informações de internet são verdades absolutas. Há 15 anos atrás em 2002 recebemos um tucano da espécie RAMPHASTOS TUCANUS com lesões graves no bico e com peso abaixo da média da espécie com penas em péssimo estado e sem brilho. No exame clinico tivemos a informação do proprietário que esta ave comia regularmente ração de cães a qual para os cães é uma ração balanceada mas é perigosamente nociva aos tucanos devido ao seu conteúdo excessivo de ferro que é um mineral que se ingerido em excesso por tucanos pode provocar lesões hepáticas graves segundo trabalhos técnicos realizados em centros de pesquisa nutricional de aves selvagens.

A hemocromatose é uma alteração grave por deposito de ferro especialmente no fígado que é devido há grande facilidade que existe nos tucanos, araçaris, lóris e mainás em fazer absorção de ferro intestinal especialmente se são fornecidas rações de cães que tem níveis altos de ferro bem acima da quantidade tolerada por estas aves.

A composição vitamínico mineral das rações de cães também não satisfazem as necessidades nutricionais dos tucanos levando a lesões descamativas da pele e do bico e as escamas dos pés destas aves, além de interferir na qualidade estrutural das penas que fica evidente nas foto tiradas na época da consulta. Ao ser corrigido o padrão alimentar conseguimos reverter as descamações do bico e a melhoria da qualidade das penas.

 

Após o Tratamento. Cheio de saúde!

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Alimentação de Psitacídeos

Os papagaios, calopsitas, várias espécies de maritacas juntamente com as araras são psitacídeos que rotineiramente chegam para nosso atendimento e quase sempre apresentam quadros clínicos compatíveis com subnutrição associado algumas vezes à doenças infecciosas.  Subnutrição ao contrário do que muitas pessoas imaginam não é passar fome ou quase isso, subnutrição como o próprio nome indica é uma alimentação abaixo dos níveis de qualidade ou desbalanço dos índices necessários para a manutenção saudável  de uma ave. Assim sendo subnutrição não indica apenas a quantidade de alimento mas especialmente a sua qualidade e composição dos nutrientes envolvidos numa dieta ou ração administrada.

Costume corrente entre criadores de psitacídeos é administrar diariamente a semente de girassol, bem como o amendoim que são duas sementes altamente calóricas e que levam após anos de uso contínuo a uma alteração hepática chamada Esteatose Hepática que é o aumento do depósito de gordura nas células do fígado devido a ingestão exagerada e quase que única destes alimentos. A tolerância de gordura na alimentação de psitacideos sem provocar sinais clínicos de esteatose hepática é muito alta haja visto que os níveis normais de colesterol em papagaios é de até 310 mg/dL e de triglicérides é de até 200 mg/dL, enquanto que no homem os níveis sanguíneos normais são de até 200mg/dL para o Colesterol, de até 150 mg/dL para os triglicérides, mas aves que se alimentam quase que exclusivamente de girassol podem ter de 4 a 5 vezes os valores máximos destes índices colocando em risco a sobrevida destes animais em cativeiro.

Na vida livre  essas aves tem alimentação diversificada no meio ambiente onde vivem e principalmente por estarem livres queimam o excesso de gordura que porventura venha a se acumular em seu organismo seja voando grandes distâncias à procura de alimento, fugindo de predadores, ou escapando de desastres ambientais como queimadas e  destruição de seus ambientes de reprodução motivado pela invasão humana de áreas de reserva dessas espécies. O papagaio de cativeiro quase não se movimenta perto do que ele faria se estivesse solto e tem dessa forma todos os ingredientes a sua volta para desenvolver com esta alimentação equivocada e já amplamente consolidada na cabeça das pessoas que adquirem papagaios, maritacas e araras que a sua "comida principal" é o girassol, o que na prática clínica diária isso é exatamente o inverso da verdade.

Esses alimentos e outros dados pelos proprietários como biscoitos,chocolates e comida caseira constituem inclusive por ser uma má nutrição o campo propício para o desenvolvimento de doenças infecciosas motivadas pela baixa resistência orgânica quando o organismo da ave não recebe os nutrientes necessários a formação dos anticorpos. Mais uma vez como nos seres humanos a junção de alimentação errada e stress se tornam o campo propício ao surgimento das doenças nos psitacídeos de cativeiro. Hoje rações balanceadas super premium estão disponíveis no mercado que podem prevenir e corrigir essas distorções alimentares e melhorar a qualidade de vida desses animais.

Consultar regularmente sua ave pelo menos 1 vez a cada 2 ou 3 anos pode ser uma medida importante para evitar transtornos metabólicos, alimentares e sanitários como parasitoses internas (vermes) ou externas (piolhos,fungos e bacterias) que podem comprometer a sobrevida em cativeiro.

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